Nomade Orquestra lança o aguardado “Terceiro Mundo”, seu novo álbum de estúdio

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A Nomade Orquestra lança o seu aguardado quinto álbum de estúdio, “Terceiro Mundo”. A obra vai muito além da música, representando também uma jornada de resistência, resiliência e inventividade. O processo de criação começou em 2020, durante a pandemia de Covid19 e o isolamento social. Com 8 faixas, o disco surge como uma colcha de retalhos sonoros, onde velhas ideias ganharam vida e novas composições foram criadas exclusivamente para este projeto.

“Estamos fechando um ciclo conceitual importantíssimo do nosso trabalho. Este é o último registro de uma trilogia instrumental que forjou a nossa estética. Apostamos em grooves e levadas enérgicas, com fortes influências do funk e da soul music, naipes de metais poderosos, temperos sonoros de diversos lugares e culturas, flautas e outros instrumentos étnicos. Tudo foi pensado e produzido para criar nossas chamadas ‘paisagens sonoras’, levando os ouvintes e fãs para aquela clássica viagem sem sair do lugar. É assim que escolhemos fechar esse período da nossa história, celebrando tudo que entregamos até aqui e já olhando para o futuro, abrindo alas para nossa nova fase”.

Lançado pelo selo de Nova York Nublu Records, em formato digital e também com prensagem em vinil confirmada, “Terceiro Mundo” é um mergulho pelo universo essencial do coletivo. Neste registro, uma continuidade aos dois repertórios focais –  e fundamentais – na discografia da banda: “Nomade Orquestra” (2014) e “Entremundos” (2017). Somam nessa jornada “Vox Populi Vol I” e “Vox Machina Vol I”, ambos de 2019, além de “Nomade Orquestra Na Terra das Primaveras” (2022).

“A escolha do título também remete ao próprio termo geopolítico, em que o terceiro-mundismo se faz presente em nossas experiências: Brasil, São Paulo, ABC. Nós encaramos a realidade e todos os desafios que nos são impostos de maneira esperançosa. Acreditamos, plenamente, que a música e a arte são expressões necessárias para uma sociedade mentalmente bloqueada. Nossa jornada é uma ode ao sensorial e ao potente invisível que permeia nossas vidas. Realizamos com excelência, mesmo diante das dificuldades. Em todos os aspectos deste lançamento usamos tecnologias “rudimentares”. A música foi construída quase como uma colagem. A gravação foi feita “ao vivo”, com todos os músicos tocando juntos. Este álbum é um caldeirão cultural, uma miscelânea de experiências que cria uma identidade única no contexto da música instrumental brasileira”.

 

 

Com 12 anos de estrada, levando shows pelo Brasil e diversos outros lugares do mundo, Nomade Orquestra segue acreditando em seus sonhos, ideais e, sobretudo, propósito. Na ficha técnica do disco, o timaço envolvido reúne Guilherme Nakata (bateria), Ruy Rascassi (contrabaixo), Marcos Mauricio (piano / órgão / clavinete / sintetizadores), Beto Malfatti (sax tenor / flauta / dizi), Marco Stoppa (trompete / flugelhorn), Bio Bonato (sax barítono / flauta / pífano), Luiz Galvão (guitarra / violão), Victor Fão (trombone) e André Calixto (gaita). Raphael Coelho (percussão) e Ana Eliza Colomar (sax alto / flautas / hulusi), novos membros, chegaram no processo final da composição do disco trazendo um novo frescor ao grupo.

Caminhando rapidamente pelo trabalho, a track “EntreMundos” simboliza a transição do segundo álbum para este novo capítulo. “O Nascimento do Sol Invencível” é uma expressão de fé no amanhã. Já em “Peixeira Amolada & Quebra-Queixo”, a ideia é explorar estereótipos populares do terceiro mundo, enquanto “Cidade Estrangeira” mergulha na diversidade cultural de São Paulo. “O Extraordinário Presente” é um sopro de liberdade e esperança, enquanto “Mariposa Tigre” combina influências do funk e do reggae, gêneros muito presentes nas composições da Nomade. “Invasão de Pindorama” reflete a miscigenação cultural do Brasil e, fechando, “Revolução dos Cocos” se inspira em uma revolta ecológica ocorrida na Papua Nova Guiné – a primeira revolução ecológica do mundo.

Vale destacar que na faixa ‘O Nascimento do Sol Invencível’ foi usado um sample do pensador contemporâneo e ativista Paulo Galo, onde é dito que “nóis tá armando uma revolução sem falar”. É exatamente essa a sensação que o disco traz”.

“Terceiro Mundo” é, do começo ao fim, uma experiência para quem gosta de música, cinema e artes em geral. Aposta certa para os amantes da música brasileira, jazz, rap e da variedade de estilos reunidos em um só lugar. Entre os ícones que se conectam com as narrativas propostas pelo grupo estão Khruangbin, Yussef Dayes, Curtis Mayfield, Arthur Verocai, John Coltrane, Moacir Santos, Hermeto Pascoal, Ennio Morriccone, Max Roach, Skatalites, Melba liston, Ryuchi Sakamoto e Letieres Leite.

“Terceiro Mundo” é um projeto contemplado pela 7ª Edição do Edital de Apoio à Música para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.

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