Ska Cubano
Fundada em meados de 2000 pelo músico inglês Peter A . Scott, a banda Ska Cubano é um dos grandes destaques da nova safra do ska mundial. A proposta de Scott era quebrar as fronteiras entre diálogos culturais e musicais de Cuba e outras ilhas próximas, cheias de musicalidade, e somar isso tudo ao bom e velho ska, ou seja, ressuscitar de forma inovadora e criativa o que a Revolução de 59 fez esmorecer de certa forma: a paixão dos cubanos pelos ritmos da Jamaica.
O pluralismo não está presente só nas combinações sonoras do Ska Cubano, mas também nas biografias dos integrantes, com diferentes nacionalidades. O cubano Beny Billy, vocalista, ex-pugilista, encontrou no ska sua salvaguarda após um contato quase letal com o alcoolismo; o britânico Natty Bo, produtor e diretor musical da banda, pintor, escultor, DJ, artista de circo, compositor, e músico dos Top Cats, banda de ska londrina, além de ter tocado como apoio para os Skatalites; o trompetista Eddie “Tan Tan” Thornton, cria da Alpha Boys School (para quem ainda não sabe bem o que é a Alpha Boys: trata-se de uma instituição fundada em 1880, localizada em Kingston, Jamaica, que acolhe jovens carentes e oferece-lhes formação musical. Foi de lá que saíram nomes como Tommy Mc Cook, Cedrik Brooks, e tantos outros marcos do reggae), já tocou com Bob Marley, Rolling Stones, Beatles, entre outros; Megumi Mesaku, saxofonista nipônica da banda, foi casada com Natty Bo, e era integrante do Top Cats; o baixista cubano Rey Crespo, co-diretor musical do Ska Cubano, que havia trabalhado anteriormente com Peter Scott no selo Casinosounds; Jesus Cutiño, guitarrista cubano de Las Tunas; o congalero Oreste Noda, natural da província cubana de Matanzas, grande centro de cultura e religião afro-cubana); e o baterista caribenho Dr. Sleepy.
Com dois álbuns lançados, o homônimo “Ska Cubano” e “Ay, Caramba”, o Ska Cubano e suas interessantes particularidades trouxeram energia nova para os amantes da boa música jamaicana, arranjos criativos e sabedoria dos integrantes mais experientes somada à vitalidade dos mais jovens. Metais bem tocados, a bela voz de Benny Billy, de um timbre ímpar, bons arranjos… Vale a pena conhecer!
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(por Dani Pimenta)