Studio 17: The Lost Reggae Tapes e + 7 docs imperdíveis do IN-EDIT BRASIL 2022 pra assistir em casa

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O In-Edit Brasil é um evento cinematográfico que tem como objetivo fomentar a produção e a difusão de filmes documentários que tenham a música como elemento integrador. O Festival nasceu em Barcelona em 2003 e hoje é realizado em diversos países como Espanha, Chile, Grécia e Holanda. No Brasil, o IN-EDIT acontece desde 2009.

Ano após ano, o festival traz produções nacionais e internacionais incríveis pra ampliar o seu repertório cultural.

Em 2022, o festival está acontecendo no formato híbrido – online e em salas de cinema na capital paulista. Encaramos a difícil missão de separar alguns títulos imperdíveis da programação, que você consegue assistir de casa. O link de cada filme está na própria descrição.

Nosso grande destaque vai para Studio 17: The Lost Reggae Tapes, que conta a história do icônico estúdio jamaicano em Kingston, do produtor Vincent “Randy” Chin.

Além destes, recomendamos também que, se você estiver em SP, prestigie outros títulos nas salas de cinema – ou se estiver fora de São Paulo, explore também os demais filmes do catálogo. O festival acontece até o próximo dia 26 de junho. Boa sessão!

 

Studio 17: The Lost Reggae Tapes

(Mark James | Inglaterrra/2019 | 85′)

O Studio 17 ficava localizado acima da loja de discos Randy’s no coração da capital Kingston, na Jamaica. Fundado no final dos anos 1950, o estúdio se tornou ponto de encontro da revolução musical que estava acontecendo no país após a independência em 1962. ASSISTA.

Lá, Bob Marley & the Wailers, Lee “Scratch” Perry, Peter Tosh, Gregory Isaacs, The Skatalites, entre tantos outros, fizeram gravações históricas. Mas as fitas se perderam quando os donos fugiram para Nova York nos tempos em que a violência na cidade aumentou. O filme segue os herdeiros da família tentando encontrar esse material perdido e reivindicar sua propriedade.

 

Manguebit

(Jura Capela | Brasil | 2022 | 101’)

Com depoimentos de seus criadores, companheiros e herdeiros, Jura Capela nos conta como que um movimento estético, vindo do mangue, aumentou a visibilidade das periferias e manifestações culturais da região metropolitana do Recife. ASSISTA.

Unindo diversas vertentes como música, cinema, artes visuais e literatura, o Manguebeat não só se consolidou um dos mais importantes movimentos culturais das últimas décadas, mas também gravou para a posteridade nomes como Chico Science & Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, o festival Abril Pro Rock, entre outros.

 

Tambores da Diáspora

(João Nascimento | Brasil | 2021 | 73’)

Entranhado na música e cultura brasileiras, o tambor tem sua trajetória recriada em um filme que aborda questões antropológicas, políticas e culturais, desde sua origem no continente africano e suas ramificações no país.

Com a perspectiva de músicos e pesquisadores, o instrumento tem sua história contada, nos apresentando os ritos, as tradições e para onde o futuro aponta. Traz depoimentos e performances musicais, atrelando temas como racismo cultural a toques, luthieria, tecnologia e outros desdobramentos sonoros. ASSISTA.

 

Hoje Estamos Aqui: Breve História de um Sound System Amazônico

(Darien Lamen | EUA/Brasil | 2021 | 20’)

Milton Almeida do Nascimento foi um dos pioneiros na construção da aparelhagem, marca icônica na música amazônica. Seus filhos contam sua história e como lutam para preservar sua memória. ASSISTA.

 

Getting It Back: The Story Of Cymande

(Tim Mackenzie-Smith | Inglaterra/2022 | 89′)

Se você ainda não conhece Cymande, corra para escutá-los. Se você já conhece, certamente é fã. Formada em Londres por músicos vindos de ex-colônias britânicas, a banda Cymande mistura funk, soul, reggae, rock, música africana, calypso, jazz e o que mais aparecer para encher de groove as nossas vidas. ASSISTA.

Suas canções foram sampleadas por artistas como Fugees, Wu-Tang Clan e De La Soul. Aqui eles contam sua história e como ainda são cultuados depois de quase 50 anos.

 

Rewind and Play

(Alain Gomis | França, Alemanha/2022 |65′)

Antes de abandonar os palcos por problemas neurológicos em 1972, o pianista Thelonious Monk fez sua última apresentação três anos antes, em Paris. Na ocasião, após o show, Monk se dirigiu para um canal de televisão francês onde seria entrevistado e tocaria algumas músicas. ASSISTA.

Devido a sua situação mental, o programa não chegou a ser exibido. Monk fala pouco, se expressa com um mínimo de palavras e não consegue desenvolver um papo fluente com o jornalista, mas sua capacidade musical ainda está intacta. Este é o registro do ocaso comovente de um gênio que pouco a pouco nos deixava.

 

Cesária Évora

(Ana Sofia Fonseca | Portugal/2022 |94′)

Cesária Évora colocou Cabo Verde definitivamente no mapa musical do mundo. Com sua voz grave e suave, Cesária saiu da pobreza para os palcos dos mais renomados teatros do planeta. Como em um conto de fadas. ASSISTA.

Aqui, a diretora Ana Sofia Fonseca usa apenas imagens de arquivo inéditas para contar uma história de luta e sucessos que buscava um único sonho: ser livre.

 

Castanheiro do Forró

(Alfredo Bello | Brasil | 2021 | 37’)

Como milhões de moradores de São Paulo, Castanheiro é um migrante. Vindo de Recife ainda criança, aos 11 anos ele começou sua carreira artística tocando zabumba. Se apresentou com artistas como Trio Nordestino, Zé do Baião e Luiz Gonzaga. Mas Castanheiro também atuou como gerente de uma das maiores casas de forró da cidade, além de diretor artístico de gravadora e programador de rádio. ASSISTA.

Embora oficialmente aposentado, Castanheiro ainda está na ativa e relembra histórias de suas trajetórias artística e pessoal, com muito bom humor.

 

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