Groovin Mood Entrevista – Buena Onda Reggae Club

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Ska e reggae são os ingredientes principais da mistura, que leva o tempero saboroso de ritmos mundiais como a salsa, o jazz e o afrobeat. Falo da Buena Onda Reggae Club, uma das bandas mais interessantes e promissoras do novo cenário da música instrumental no Brasil.

Formada por músicos do ABC paulista – berço, aliás, de grandes nomes como Nomade Orquestra, Ba-Boom, Otis Trio, e aí por diante (e bota diante nisso) – e da capital paulista, a Buena Onda surgiu em 2016 com o propósito de criar uma linguagem musical diferenciada e criativa, que refletisse a diversidade dos ritmos jamaicanos na soma com as influências da world music. O time conta com Kiko Bonato no órgão/teclado, Marcos Mossi na guitarra, Eduardo Marmo no baixo, Felipe Guedes na bateria, Victor Fão no trombone, Cauê Vieira no sax/flauta e Rodrigo Coelho no trompete.

Conversei com Marcos Mossi, que contou sobre a trajetória da banda e os projetos atuais do grupo. Dá um confere!

GM – Como surgiu a ideia de criar a Buena Onda?

Marcos – A ideia surgiu em março de 2016, numa conversa entre eu e o (Victor) Fão, que na época já tinha começado um projeto dessa mesma linguagem mas que não estava ativo. A partir desse primeiro contato, decidimos então criar uma banda instrumental com a linguagem jamaicana, com a proposta de tocar ska, reggae, dub, rocksteady. A primeira formação do Buena Onda Reggae Club começou comigo, Victor Fão, Rodrigo Coelho, Cauê Vieira , Felipe Guedes e Lucas Penna, que fez um apenas um ensaio. Logo na sequência entrou o Eduardo Marmo. Meses depois chegou o Kiko Bonato, fechando a formação atual do Buena Onda.

GM – Vocês já se conheciam? Como foi essa conexão?

Marcos – Na época em que os músicos se juntaram, praticamente todos já tinham um boa bagagem musical e experiência com outras bandas que atuam faz tempo na cena nacional independente como a banda Ba-Boom, Nomade Orquestra, Família Gangsters, Soul Shakers, Bud Dub, Alma Djem, Marco Nalesso e Fundação, Samuca e Selva. Somos todos amigos que se conheceram ali pela região do Grande ABC e de São Paulo, por meio da própria música e estrada, por estarmos tocando muitas vezes no mesmo lugar, dividindo o mesmo palco, e também por conhecermos e curtirmos os trabalhos paralelos de cada um.

GM – Como vocês definem o som da Buena Onda? Quais são as influências musicais de cada um de vocês e como isso se reflete no trampo?

Marcos – Temos o propósito de criar uma linguagem musical que reflita a diversidade dos ritmos jamaicanos com ”world music”. O ska, reggae, rocksteady, dub misturados com tendências universais como a salsa, o jazz e o afrobeat. Além da influência da música jamaicana de nomes como Skatalites, Bob Marley, Jackie Mitto, Alton Ellis, Groundation, entre outros, que é comum a todos os integrantes, cada um também traz suas influências pessoais no funk, rock, música brasileira, jazz, grooves e hip hop. Gente do calibre de The Commodores, Parliament, George Clinton, Beatles, Jimi Hendrix, Luis Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Miles Davis, John Coltrane, Ernest Ranglin, Fela Kutti e Buena Vista Social Club, e assim vai. Essas influências refletem na forma de tocar que cada um tem e principalmente na hora de compor.

GM – Em outubro de 2017 vocês lançaram o primeiro disco, “Buena Onda Reggae Club”. Como foi esse processo?

Marcos – Tínhamos a necessidade de registrar as músicas autorias que já estavam sendo criadas e tocadas nos nossos shows, e também gerar material para a banda entrar no circuito com músicas autorias. As canções foram compostas ao longo do ano nos ensaios na casa do Fão. No começo a ideia era fazer um EP, mas no final acabou virando um disco.

Gravamos no Estúdio Flap C4, com produção nossa e do Pedro Lobo (Braza), que é o responsável pela mixagem do disco. Tivemos a honra também de receber em uma música a cantora Laylah Arruda, que é uma grande amiga e cantora. A master do disco ficou por conta do grande produtor Buguinha Dub, um dos maiores de reggae e dub no Brasil, e o álbum saiu pela Radiola Records.

A sensação de entrar em estúdio para gravar um disco é maravilhosa. É um lance muito profundo e que exige o máximo de todos. Estamos bem contentes com esse primeiro trabalho e já colhendo os resultados do lançamento do disco.

Ouça:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=ryGGlp0qNEQ]

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